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LITERATURA IDADE MÉDIA - BARROCO BRASILEIRO

LITERATURA IDADE MÉDIA - BARROCO BRASILEIRO


LITERATURA PORTUGUESA / COLONIAL BRASILEIRA

 

O HUMANISMO é um período de transição entre o fim da Idade Média e a Idade Moderna. Caracteriza-se pelo crescimento das cidades e o enfraquecimento do feudalismo. Com a perda de poder dos senhores de terras, os reis se aliam aos burgueses, principalmente comerciantes, passando a dividir com a Igreja o poder político.  Uma consequência direta, na área cultural é a criação de bibliotecas fora dos conventos. Os direitos ligados à individualidade também são valorizados. Começa a se abandonar o teocentrismo em busca de valores relacionados às próprias possibilidades de desenvolvimento, mas sem abandonar totalmente o temor a Deus.

Gil Vicente cresce nesse universo. Escreveu autos, comédias e farsas, em castelhano e em português. São conhecidas 44 peças, 17 em português, 11 em castelhano e 16 bilíngues. Destacam-se dois gêneros:

a) os autos, com a finalidade de divertir, de moralizar ou de difundir a fé cristã; e

b) as farsas, peças cômicas de um só ato, com enredo curto e poucas personagens, extraídas do cotidiano. Ambos são plenos de críticas à sociedade.

 

Sobre o Auto da barca do Inferno

Para se compreender o "Auto da Barca do Inferno" deve-se ter em mente que essa obra foi escrita em um período da história que corresponde à transição da Idade média para a Idade Moderna. Seu autor, Gil Vicente, se enquadra justamente nesse momento de transição, ou seja, está ligado tanto ao medievalismo quanto ao humanismo. Esse conflito faz com que Gil Vicente pense em Deus e ao mesmo tempo exalte o homem livre. O reflexo desse conflito interior é visto claramente em sua obra, pois ao mesmo tempo em que critica, de forma impiedosa, toda a sociedade de seu tempo, adotando assim uma postura moderna, ainda tem o pensamento voltado para Deus, característica típica do mundo medieval. Fazendo uma análise das personagens, cada uma representa uma classe social, ou uma determinada profissão ou mesmo uma crença. À medida que estas personagens vão surgindo vemos que todas trazem elementos simbólicos, que representam os seus pecados na vida terrena e demonstram que não têm qualquer arrependimento pelos mesmos. Esta é a ordem em que os personagens entram em ecena, cada um com seu “objeto cênico”, ou símbolo que o representa:


* Fidalgo: um manto e pajem (criado) que transporta uma cadeira de espaldas. Estes elementos simbolizam a opressão dos mais fortes, a tirania e a presunção do moço.
* Onzeneiro (agiota): bolsão. Este elemento simboliza o apego ao dinheiro, a ambição, a ganância e a usura.
* Sapateiro: avental e formas de sapateiro. Estes elementos simbolizam a exploração interesseira, da classe burguesa comercial.
* Parvo: não traz símbolos cênicos, pois tudo o que fez na vida não foi por maldade. Esta personagem representa a inocência e a ingenuidade. É ISENTO DE IR PARA O INFERNO, POIS É UM INOCENTE (INGÊNUO).
* Frade: uma Moça (Florença), uma espada, um escudo, um capacete e o seu hábito. Estes elementos representam a vida mundana do clero, e a dissolução dos seus costumes.
* Alcoviteira: himens postiços, arcas de feitiços, armários de mentir, furtos alheios, joias de vestir, guarda-roupa de encobrir, casa movediça, estrado de cortiça, coxins e moças. Estes elementos representam a exploração interesseira dos outros, para seu próprio lucro e a sua atividade de alcoviteira ligada à prostituição.
* Judeu: bode. Este elemento simboliza a rejeição à fé cristã, pois o bode é o símbolo do Judaísmo.
* Corregedor e Procurador: processos, vara da Justiça e livros. Estes elementos simbolizam a magistratura.
* Enforcado: "baraço" (a corda com que fora enforcado) ao pescoço. Este elemento representa a sua vida terrena vil e corruptível.
* Quatro Cavaleiros: cruz de Cristo, que simboliza a fé dos cavaleiros pela religião católica.
(OS ELEMENTOS CÊNICOS DOS QUATRO CAVALEIROS NÃO REPRESENTAM OS SEUS PECADOS, TANTO QUE ELES FORAM PARA O PARAÍSO, POIS LUTARAM EM NOME DE CRISTO NAS CRUZADAS.)

RESUMO
O "Auto da Barca do Inferno" (c. 1517) representa o juízo final católico de forma satírica e com forte apelo moral. O cenário é uma espécie de porto, onde se encontram duas barcas: uma com destino ao inferno, comandada pelo diabo, e a outra, com destino ao paraíso, comandada por um anjo. Ambos os comandantes aguardam os mortos, que são as almas que seguirão ao paraíso ou ao inferno.

Chegam os mortos

Os mortos começam a chegar. Um fidalgo é o primeiro. Ele representa a nobreza, e é condenado ao inferno por seus pecados, tirania e luxúria. O diabo ordena ao fidalgo que embarque. Este, arrogante, julga-se merecedor do paraíso, pois deixou muita gente rezando por ele. Recusado pelo anjo, encaminha-se, frustrado, para a barca do inferno; mas tenta convencer o diabo a deixá-lo rever sua amada, pois esta "sente muito" sua falta. O diabo destrói seu argumento, afirmando que ela o estava enganando.

Um agiota chega a seguir. Ele também é condenado ao inferno por ganância e avareza. Tenta convencer o anjo a ir para o céu, mas não consegue. Também pede ao diabo que o deixe voltar para pegar a riqueza que acumulou, mas é impedido e acaba na barca do inferno.

O terceiro indivíduo a chegar é o parvo (um tolo, ingênuo). O diabo tenta convencê-lo a entrar na barca do inferno; quando o parvo descobre qual é o destino dela, vai falar com o anjo. Este, agraciando-o por sua humildade, permite-lhe entrar na barca do céu.

A alma seguinte é a de um sapateiro, com todos os seus instrumentos de trabalho. Durante sua vida enganou muitas pessoas, e tenta enganar também o diabo. Como não consegue, recorre ao anjo, que o condena como alguém que roubou do povo.

O frade é o quinto a chegar... com sua amante. Chega cantarolando. Sente-se ofendido quando o diabo o convida a entrar na barca do inferno, pois, sendo representante religioso, crê que teria perdão. Foi, porém, condenado ao inferno por falso moralismo religioso.

Brísida Vaz, feiticeira e alcoviteira, é recebida pelo diabo, que lhe diz que seu o maior bem são "seiscentos virgos postiços". Virgo é hímen, representa a virgindade. Compreendemos que essa mulher prostituiu muitas meninas virgens, e "postiço" nos faz acreditar que enganara seiscentos homens, dizendo que tais meninas eram virgens. Brísida Vaz tenta convencer o anjo a levá-la na barca do céu inutilmente. Ela é condenada por prostituição e feitiçaria.


A seguir, é a vez do judeu, que chega acompanhado por um bode. Encaminha-se direto ao diabo, pedindo para embarcar, mas até o diabo recusa-se a levá-lo. Ele tenta subornar o diabo, porém este, com a desculpa de não transportar bodes, o aconselha a procurar outra barca. O judeu fala então com o anjo, porém não consegue aproximar-se dele: é impedido, acusado de não aceitar o cristianismo. Por fim, o diabo aceita levar o judeu e seu bode, mas não dentro de sua barca, e, sim, rebocados.  Tal trecho faz-nos pensar em preconceito antissemita do autor, porém, para entendermos por que Gil Vicente deu tal tratamento a esse personagem, precisamos contextualizar a época em que o auto foi escrito. Durante o reinado de dom Manuel, de 1495-1521, muitos judeus foram expulsos de Portugal, e os que ficaram, tiveram que se converter ao cristianismo, sendo perseguidos e chamados de "cristãos novos". Ou seja, Gil Vicente segue, nesta obra, o espírito da época.

Representantes do judiciário - O corregedor e o procurador, representantes do judiciário, chegam, a seguir, trazendo livros e processos. Quando convidados pelo diabo para embarcarem, começam a tecer suas defesas e encaminham-se ao anjo. Na barca do céu, o anjo os impede de entrar: são condenados à barca do inferno por manipularem a justiça em benefício próprio. Ambos farão companhia à Brísida Vaz, revelando certa familiaridade com a cafetina - o que nos faz crer em trocas de serviços entre eles e ela...

O próximo a chegar é o enforcado, que acredita ter perdão para seus pecados, pois em vida foi julgado e enforcado. Mas também é condenado a ir ao inferno por corrupção.
Por fim, chegam à barca quatro cavaleiros que lutaram e morreram defendendo o cristianismo. Estes são recebidos pelo anjo e perdoados imediatamente.

O bem e o mal

Como você percebeu, todos os personagens que têm como destino o inferno possuem algumas características comuns, chegam trazendo consigo objetos terrenos, representando seu apego à vida; por isso, tentam voltar. E os personagens a quem se oferece o céu são cristãos e puros. Você pode perceber que o mundo aqui ironizado pelo autor é maniqueísta: o bem e o mal, o bom e o ruim são metades de um mundo moral simplificado. O "Auto da Barca do Inferno" faz parte de uma trilogia (Autos da Barca "da Glória", "do Inferno" e "do Purgatório"). Escrito em versos de sete sílabas poéticas, possui apenas um ato, dividido em várias cenas. A linguagem entre os personagens é coloquial - e é através das falas que podemos classificar a condição social de cada um dos personagens.

Valores de duas épocas

Escrita na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a obra oscila entre os valores morais de duas épocas: ao mesmo tempo que há uma severa crítica à sociedade, típica da Idade Moderna, a obra também está religiosamente voltada para a figura de Deus, o que é uma característica medieval.

A sátira social é implacável e coloca em prática um lema, que é "rindo, corrigem-se os defeitos da sociedade". A obra tem, portanto, valor educativo muito forte. A sátira vicentina serve para nos mostrar, tocando nas feridas sociais de seu tempo, que havia um mundo melhor, em que todos eram melhores. Mas é um mundo perdido, infelizmente. Ou seja, a mensagem final, por trás dos risos, é um tanto pessimista.

 

Questões de literatura colonial

 

01. (UNIV. CAXIAS DO SUL) Escolha a alternativa que completa de forma correta a frase abaixo:

A linguagem ______, o paradoxo, ________ e o registro das impressões sensoriais são recursos lingüísticos presentes na poesia ________.

a) simples; a antítese; parnasiana.
b) rebuscada; a antítese; barroca.
c) objetiva; a metáfora; simbolista.
d) subjetiva; o verso livre; romântica.
e) detalhada; o subjetivismo; simbolista.

02. (MACKENZIE-SP) Assinale a alternativa incorreta:

a) Na obra de José de Anchieta, encontram-se poesias que seguem a tradição medieval e textos para teatro com clara intenção catequista.
b) A literatura informativa do Quinhentismo brasileiro empenha-se em fazer um levantamento da terra, daí ser predominantemente descritiva.
c) A literatura seiscentista reflete um dualismo:o ser humano dividido entre a matéria e o espírito, o pecado e o perdão.
d) O Barroco apresenta estados de alma expressos através de antíteses, paradoxos, interrogações.
e) O conceptismo caracteriza-se pela linguagem rebuscada, culta, extravagante, enquanto o cultismo é marcado pelo jogo de idéias, seguindo um raciocínio lógico, racionalista.


03. Com referência ao Barroco, todas as alternativas são corretas, exceto:

a) O Barroco estabelece contradições entre espírito e carne, alma e corpo, morte e vida.
b) O homem centra suas preocupações em seu próprio ser, tendo em mira seu aprimoramento, com base na cultura greco-latina.
c) O Barroco apresenta, como característica marcante, o espírito de tensão, conflito entre tendências opostas: de um lado, o teocentrismo medieval e, de outro, o antropocentrismo renascentista.
d) A arte barroca é vinculada à Contrarreforma.
e) O barroco caracteriza-se pela sintaxe obscura, uso de hipérbole e de metáforas.


04. (VUNESP)

      Ardor em firme coração nascido;
      pranto por belos olhos derramado;
      incêndio em mares de água disfarçado;
      rio de neve em fogo convertido:
      tu, que em um peito abrasas escondido;
      tu, que em um rosto corres desatado;
      quando fogo, em cristais aprisionado;
      quando crista, em chamas derretido.
      Se és fogo, como passas brandamente,
      se és fogo, como queimas com porfia?
      Mas ai, que andou Amor em ti prudente!
      Pois para temperar a tirania,
      como quis que aqui fosse a neve ardente,
      permitiu parecesse a chama fria.

O texto pertencente a Gregório de Matos e apresenta todas seguintes características:

a) Trocadilhos, predomínio de metonímias e de símiles, a dualidade temática da sensualidade e do refreamento, antíteses claras dispostas em ordem direta.
b) Sintaxe segundo a ordem lógica do Classicismo, a qual o autor buscava imitar, predomínio das metáforas e das antíteses, temática da fugacidade do tempo e da vida.
c) Dualidade temática da sensualidade e do refreamento, construção sintática por simétrica por simetrias sucessivas, predomínio figurativo das metáforas e pares antitéticos que tendem para o paradoxo.
d) Temática naturalista, assimetria total de construção, ordem direta predominando sobre a ordem inversa, imagens que prenunciam o Romantismo.
e) Verificação clássica, temática neoclássica, sintaxe preciosista evidente no uso das síntese, dos anacolutos e das alegorias, construção assimétrica.


05. A respeito de Gregório de Matos, assinale a alternativa, incorreta:

a) Alguns de seus sonetos sacros e líricos transpõem, com brilho, esquemas de Gôngora e de Quevedo.
b) Alma maligna, caráter rancoroso,relaxado por temperamento e costumes, verte fel em todas as suas sátiras.
c) Na poesia sacra, o homem não busca o perdão de Deus; não existe o sentimento de culpa, ignorando-se a busca do perdão divino.
d) As suas farpas dirigiam-se de preferência contra os fidalgos caramurus.
e) A melhor produção literária do autor é constituída de poesias líricas, em que desenvolve temas constantes da estática barroca, como a transitoriedade da vida e das coisas.


Texto para as questões 06 a 08

À INSTABILIDADE DAS COUSAS DO MUNDO

        Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,
        Depois da Luz se segue a noite escura,
        Em tristes sombras morre a formosura,
        Em continuas tristezas a alegrias,

        Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
        Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
        Como a beleza assim se transfigura?
        Como o gosto, da pena assim se fia?

        Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
        Na formosura não se dê constância,
        E na alegria, sinta-se triste.
        Começa o Mundo enfim pela ignorância
        A firmeza somente na inconstância.

06. No texto predominaram as imagens:

a) olfativas;
b) gustativas;
c) auditivas;
d) táteis;
e) visuais.

07. A ideia central do texto é:

a) a duração efêmera de todas as realidades do mundo;
b) a grandeza de Deus e a pequenez humana;
c) os contrastes da vida;
d) a falsidade das aparências;
e) a duração prolongada do sofrimento.

08. Qual é o elemento barroco mais característico da 1ª estrofe?

a) disposição antitética da frase;
b) cultismo;
c) estrutura bimembre;
d) concepção teocênctrica;
e) estrutura correlativa, disseminativa e recoletiva.


09. (SANTA CASA) A preocupação com a brevidade da vida induz o poeta barroco a assumir uma atitude que:
a) descrê da misericórdia divina e contesta os valores da religião;
b) desiste de lutar contra o tempo, menosprezando a mocidade e a beleza;
c) se deixa subjugar pelo desânimo e pela apatia dos céticos;
d) se revolta contra os insondáveis desígnios de Deus;
e) quer gozar ao máximo seus dias, enquanto a mocidade dura.


10. (UEL) Identifique a afirmação que se refere a Gregório de Matos:

a) No seu esforço da criação a comédia brasileira, realiza um trabalho de crítica que encontra seguidores no Romantismo e mesmo no restante do século XIX.

b) Sua obra é uma síntese singular entre o passado e o presente: ainda tem os torneios verbais do Quinhentismo português, mas combina-os com a paixão das imagens pré-românticas.

c) Dos poetas arcádicos eminentes, foi sem dúvida o mais liberal, o que mais claramente manifestou as idéias da ilustração francesa.

d) Teve grande capacidade em fixar num lampejo os vícios, os ridículos, os desmandos do poder local, valendo-se para isso do engenho artificioso que caracteriza o estilo da época.

e) Sua famosa sátira à autoridade portuguesa na Minas do chamado ciclo do ouro é prova de que seus talento não se restringia ao lirismo amoroso.

 Resolução:  01 – B   

02 - E

03 - B

04 - C

05 - D

06 - E

07 - A

08 - A

09 - E

10 - D

 

Questões:

  1. 01.   As primeiras manifestações literárias que se registram na Literatura Brasileira referem-se a:
     
    a) Literatura informativa sobre o Brasil (crônica) e literatura didática, catequética (obra dos jesuítas).
    b) Romances e contos dos primeiros colonizadores.
    c) Poesia épica e prosa de ficção.
    d) Obras de estilo clássico, renascentista.
    e) Poemas românticos indianistas.

     
    02. A literatura de informação corresponde às obras:
     
    a) barrocas;
    b) arcádicas;
    c) de jesuítas, cronistas e viajantes;
    d) do Período Colonial em geral;
    e) n.d.a.
     
     
    03. Qual das afirmações não corresponde à Carta de Caminha?
     
    a) Observação do índio como um ser disposto à catequização.
    b) Deslumbramento diante da exuberância da natureza tropical.
    c) Mistura de ingenuidade e malícia na descrição dos índios e seus costumes.
    d) Composição sob forma de diário de bordo.
    e) Aproximações barrocas no tratamento literário e no lirismo das descrições.
     
     
    04. (UNISA) A “literatura jesuíta”, nos primórdios de nossa história:
     
    a) tem grande valor informativo;
    b) marca nossa maturação clássica;
    c) visa à catequese do índio, à instrução do colono e sua assistência religiosa e moral;
    d) está a serviço do poder real;
    e) tem fortes doses nacionalistas.
     
     
    05. A importância das obras realizadas pelos cronistas portugueses do século XVI e XVII é:
     
    a) determinada exclusivamente pelo seu caráter literário;
    b) sobretudo documental;
    c) caracterizar a influência dos autores renascentistas europeus;
    d) a deterem sido escritas no Brasil e para brasileiros;
    e) n.d.a.
      
    06. Anchieta só não escreveu:
     
    a) um dicionário ou gramática da língua tupi;
    b) sonetos clássicos, à maneira de Camões, seu contemporâneo;
    c) poesias em latim, portugueses, espanhol e tupi;
    d) autos religiosos, à maneira do teatro medieval;
    e) cartas, sermões, fragmentos históricos e informações.
     
     07. São características da poesia do Padre José de Anchieta:
     a) a temática, visando a ensinar os jovens jesuítas chegados ao Brasil;
    b) linguagem cômica, visando a divertir os índios; expressão em versos decassílabos, como a dos poetas clássicos do século XVI;
    c) temas vários, desenvolvidos sem qualquer preocupação pedagógica ou catequética;
    d) função pedagógica; temática religiosa; expressão em redondilhas, o que permitia que fossem cantadas ou recitadas facilmente.
    e)   n.d.a.

     
    08. (UNIV. FED. DE SANTA MARIA) Sobre a literatura produzida no primeiro século da vida colonial brasileira, é correto afirmar que:
     a) É formada principalmente de poemas narrativos e textos dramáticos que visavam à catequese.
    b) Inicia com Prosopopeia, de Bento Teixeira.
    c) É constituída por documentos que informam acerca da terra brasileira e pela literatura jesuítica.
    d) Os textos que a constituem apresentam evidente preocupação artística e pedagógica.
    e) Descreve com fidelidade e sem idealizações a terra e o homem, ao relatar as condições encontradas no Novo Mundo.
     
     
    09. (UFV) Leia a estrofe abaixo e faça o que se pede:
     Dos vícios já desligados
    nos pajés não crendo mais,
    nem suas danças rituais,
    nem seus mágicos cuidados.

    (ANCHIETA, José de. O auto de São Lourenço [tradução e adaptação de Walmir Ayala] Rio de Janeiro: Ediouro[s.d.]p. 110)
     
    Assinale a afirmativa verdadeira, considerando a estrofe acima, pronunciada pelos meninos índios em procissão:
     
    a) Os meninos índios representam o processo de aculturação em sua concretude mais visível, como produto final de todo um empreendimento do qual participaram com igual empenho a Coroa
    Portuguesa e a Companhia de Jesus.

    b) A presença dos meninos índios representa uma síntese perfeita e acabada daquilo que se convencionou chamar de literatura informativa.

    c) Os meninos índios estão afirmando os valores de sua própria cultura, ao mencionar as danças rituais e as magias praticadas pelos pajés.

    d) Os meninos índios são figura alegóricas cuja construção como personagens atende a todos os requintes da dramaturgia renascentista.

    e) Os meninos índios representam a revolta dos nativos contra a catequese trazida pelos jesuítas, de quem querem libertar-se tão logo seja possível.


Resolução:

01. A

02. C

03. E

04. C

05. B

06. B

07. D

08. C

09. A

 

 

 

EXERCÍCIOS - BARROCO

1. (UFRN)
A obra de Gregório de Matos — autor que se destaca na literatura barroca brasileira — compreende
a. poesia épico-amorosa e obras dramáticas.
b. poesia satírica e contos burlescos.
c. poesia lírica, de caráter religioso e amoroso, e poesia satírica.
d. poesia confessional e autos religiosos.
e. poesia lírica e teatro de costumes.

2. (Mack-SP)
Assinale a alternativa incorreta:
a. Julgada em bloco, a literatura brasileira do quinhentismo é uma típica manifestação barroca.
b. Na poesia de Gregório de Matos, percebe-se o dualismo barroco: mistura de religiosidade e sensualismo, misticismo e erotismo, valores terrenos e aspirações espirituais.
c. A literatura no Brasil colonial é clássica, tendo nascido pela mão dos jesuítas, com uma intenção doutrinária.
d. Com António Vieira, a estética barroca atinge o seu ponto alto em prosa no Brasil.
e. Não se deve dizer que a literatura seiscentista brasileira seja inferior por ser barroca, mas sim que é uma literatura barroca de qualidade inferior, com exceções raras.
3. (Mack-SP)
Ao Barroco brasileiro pertencem:
a. Camões e Gil Vicente.
b. Manoel B. Oliveira e Gregório de Matos.
c. Sóror Mariana Alcoforado e Gregório de Matos.
d. Gandavo e Camões.
e. Gil Vicente e Manoel B. Oliveira.
4.(UFRGS)
Considere as seguintes afirmações sobre o Barroco brasileiro:
I. A arte barroca caracteriza-se por apresentar dualidades, conflitos, paradoxos e contrastes, que convivem tensamente na unidade da obra.
II. O conceptismo e o cultismo, expressões da poesia barroca, apresentam um imaginário bucólico, sempre povoado de pastoras e ninfas.
III. A oposição entre Reforma e Contra--Reforma expressa, no plano religioso, os mesmos dilemas de que o Barroco se ocupa.
Quais estão corretas?
a. Apenas I.      b. Apenas II.     c. Apenas III.    d. Apenas l e III.     e. I, II e III.

6. (UFRS)
Com relação ao Barroco brasileiro, assinale a alternativa incorreta.
a. Os Sermões, do padre António Vieira, elaborados numa linguagem conceptista, refletiram as preocupações do autor com problemas brasileiros da época,por exemplo, a escravidão.
b. Os conflitos éticos vividos pelo homem .do Barroco corresponderam, na forma literária ao uso exagerado de paradoxos e inversões sintáticas.
c. A poesia barroca foi a confirmação, no plano estético, dos preceitos renascentistas de harmonia e equilíbrio, vigentes na Europa no século XVI, que chegaram ao Brasil no século XVII, adaptados, então, à realidade nacional.
d. Um dos temas principais do Barroco é a efemeridade da vida, questão que foi tratada no dilema de viver o momento presente e, ao mesmo tempo, preocupar-se com a vida eterna.
e. A escultura barroca teve no Brasil o nome de António Francisco Lisboa, o Aleijadinho, que, no século XVII, elaborou uma arte de tema religioso com traços nacionais e populares, numa mescla representativa do Barroco.
7. (PUCC-SP)
“Que falta nesta cidade? Verdade”.
Que mais por sua desonra? Honra.
Falta mais que se lhe ponha? Vergonha.
O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, honra, vergonha."
Pode-se reconhecer nos versos acima, de Gregório de Matos,
a. o caráter de jogo verbal próprio do estilo barroco, a serviço de uma crítica, em tom de sátira, do perfil moral da cidade da Bahia.
b. o caráter de jogo verbal próprio da poesia religiosa do século XVI, sustentando piedosa lamentação pela falta de fé do gentio.
c. o estilo pedagógico da poesia neoclássica, por meio da qual o poeta se investe das funções de um autêntico moralizador.
d. o caráter de jogo verbal próprio do estilo barroco, a serviço da expressão lírica do arrependimento do poeta pecador.
e. o estilo pedagógico da poesia neoclássica, sustentando em tom lírico as reflexões do poeta sobre o  erfil moral da cidade da Bahia.


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